Boletim Econômico Semanal – Belo Horizonte | 25 de janeiro de 2021
Conjuntura Econômica
No dado de maior destaque divulgado na última semana, o índice de atividade IBC-Br apresentou alta de 0,59% em novembro. Essa foi a sétima alta consecutiva do índice, evidenciando o processo de recuperação da atividade econômica observada no segundo semestre de 2020.
Na última semana também ocorreu a primeira reunião do COPOM de 2021, que terminou com a manutenção da Selic em 2% a.a.. A principal novidade dessa reunião foi a retirada do foward guidance do comunicado, mostrando uma maior cautela dos membros do Comitê e aumentando as expectativas para uma possível alta dos juros ao longo do ano.
No campo político cresce a preocupação com o lado fiscal brasileiro, a queda de popularidade do governo pode levar a medidas com impacto negativo nas contas públicas, o que acarretou em uma elevação na curva de juros – principalmente na sua ponta longa. Houve também um crescimento das preocupações com a evolução da pandemia no Brasil, dado o crescimento do número de casos em algumas regiões do país.
No cenário internacional, Joe Biden foi empossado como presidente nos Estados Unidos. Apesar do pouco tempo, o presidente já sinalizou um endurecimento nas medidas de isolamento social e a intenção da criação de um pacote de estímulo econômico de 1,9 trilhões de dólares.
Diante desse cenário a semana foi negativa para os ativos brasileiros, com queda de 1,75% no IMA-B 5+ e de 2,47% no Ibovespa. No exterior, o S&P 500 fechou a semana com alta de 1,94%.
No Boletim Focus desta semana as expectativas para o IPCA e para o PIB para 2021 foram novamente revisadas para cima. A principal novidade no Boletim ficou por conta da elevação na Selic esperada para o fim de 2021, sendo agora esperada uma taxa de 3,50%, refletindo os efeitos do comunicado da última reunião do COPOM.
Na agenda econômica desta semana são aguardados os dados do índice de confiança do consumidor, do IPCA-15, do IGP-M e da taxa de desemprego no Brasil. E o Índice de confiança do consumidor nos Estados Unidos.
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