Boletim Econômico Semanal – Belo Horizonte | 11 de janeiro de 2021
Conjuntura Econômica
A primeira semana de 2021 ainda foi fraca em termos de divulgação de dados econômicos, mas positiva em relação ao desempenho dos benchmarks de renda variável que apresentaram fortes ganhos na semana.
No Brasil, o dado de maior relevância divulgado refere-se à produção industrial, que apresentou avanço de 1,2% no mês de novembro. Com essa alta, o índice manteve-se acima dos valores observados no início de 2020 – antes da pandemia – mostrando uma relevante recuperação do setor.
No campo político, a semana foi marcada por incertezas com relação às eleições para a presidência da Câmara dos Deputados e também à postura que será adotada pelo governo federal em relação aos gastos públicos. Esses dois fatores conjuntamente acarretaram em incertezas para a renda fixa que, diferentemente da renda variável, apresentou perdas na semana na maior parte dos benchmarks acompanhados.
Nos mercados internacionais, a semana novamente foi marcada por otimismo decorrente do avanço da vacinação contra o COVID-19 em vários países. No lado negativo, o cenário político nos Estados Unidos trouxe apreensão, tendo seu ápice com a invasão do Capitólio por apoiadores de Donald Trump.
Nesse cenário, o Ibovespa fechou a semana com alta de 5,09%, nos Estados Unidos o S&P500 fechou a semana com alta de 1,83%. Na renda fixa as maiores perdas foram observadas para os benchmarks mais longos – mais sensíveis a situação fiscal brasileira – com quedas de 1,44% e de 1,59% no IRF-M 1+ e IMA-B 5+, respectivamente.
Nas expectativas apresentadas pelo Boletim Focus desta semana a principal mudança refere-se ao valor esperado para a Selic ao final de 2021 e de 2022. Evidenciando o cenário de deterioração fiscal e de incertezas, agora é esperada uma Selic de 3,25% ao final de 2021 e de 4,75% para 2022.
Na agenda econômica para esta semana serão divulgados no Brasil os dados do IPCA e do desempenho do setor de serviços e de vendas no varejo. Na Zona do Euro serão divulgados os dados de produção industrial, nos EUA os dados de vendas no varejo e a balança comercial na China.
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